quarta-feira, 6 de abril de 2022

                                            



As flores 

 

Como dizia um frei, as flores são símbolos de esperanças

Porque como delas se esperam frutos, das esperanças, bens.

 

Vi-vi-o-le-ta-ta, as humildes violetas

Ro-ro-ro-sa-sa-sa, as caridosas rosas

Cra-cra-cra-vi-vi-na, as piedosas cravinas

 

Assim diziam os antigos, os que são chamados “flores”

São aqueles que na mocidade dão esperança de grandes progressos

 

Li-li-li-ri-ri-o, os puros lírios

Gi-gi-gi-ra-ra-sol, os obedientes girassóis

A-a-za-le-le-ia, as singelas azaleias

 

Para bens penduráveis, é necessário longo exercício

Pelas mesmas coisas, porque em um dia a lua não fica cheia

 

Bro-bro-bro-me-me-lia, as resistentes bromélias

Gen-gen-ci-a-na-na, as penitentes gencianas

Cam-pâ-pâ-nu-la-la, as esperançosas campânulas

 

 Coisa certa é cobrir-se a alma de boas obras,

Que é o fruto com que se deve um dia responder a Deus

 

Prí-prí-prí-mu-mu-las, as anunciantes prímulas

Es-es-es-pi-pi-gas, as desapegadas espigas

Sem-sem-pre-vi-vi-vas, as permanentes sempre-vivas

 

Lá na capela cultivaram este universo de perfumes e cores

E todas elas diziam assim: louvado seja Cristo Nosso Bem

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