As flores
Como dizia um frei, as flores são símbolos de esperanças
Porque como delas se esperam frutos, das esperanças, bens.
Vi-vi-o-le-ta-ta, as humildes violetas
Ro-ro-ro-sa-sa-sa, as caridosas rosas
Cra-cra-cra-vi-vi-na, as piedosas cravinas
Assim diziam os antigos, os que são chamados “flores”
São aqueles que na mocidade dão esperança de grandes progressos
Li-li-li-ri-ri-o, os puros lírios
Gi-gi-gi-ra-ra-sol, os obedientes girassóis
A-a-za-le-le-ia, as singelas azaleias
Para bens penduráveis, é necessário longo exercício
Pelas mesmas coisas, porque em um dia a lua não fica cheia
Bro-bro-bro-me-me-lia, as resistentes bromélias
Gen-gen-ci-a-na-na, as penitentes gencianas
Cam-pâ-pâ-nu-la-la, as esperançosas campânulas
Coisa certa é cobrir-se a alma de boas obras,
Que é o fruto com que se deve um dia responder a Deus
Prí-prí-prí-mu-mu-las, as anunciantes prímulas
Es-es-es-pi-pi-gas, as desapegadas espigas
Sem-sem-pre-vi-vi-vas, as permanentes sempre-vivas
Lá na capela cultivaram este universo de perfumes e cores
E todas elas diziam assim: louvado seja Cristo Nosso Bem
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